MUITO OU POUCO?
- RafaelCiampi
- 28 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
... preferi acreditar, por achar muito mais interessante, que o salgado que eu pedi originalmente, vende muito, por isso tinha acabado. Mas quando parei para pensar um pouco melhor ...
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Estava em uma lanchonete e fiz um pedido de um salgado. Fui informado que não tinha e me ofereceram outro. Não lembro qual era. Eu poderia, para ilustrar, citar qualquer um, mas eu estaria mentindo e eu saberia que não era esse o salgado, não quero ter essa relação manchada por esse detalhe muito pouco importante.
Com a questão em mente, preferi acreditar, por achar muito mais interessante, que o salgado que eu pedi originalmente, vende muito, por isso tinha acabado. Mas quando parei para pensar um pouco melhor, lembrei que poderia ser justamente o oposto e o salgado poderia vender muito pouco e, a empresa produz muito pouco deste, justificando o fato de ter acabado muito antes do fim do expediente.
Pensei muito nisso e o muito me chamou um pouco a atenção. O tal é um vira-casaca descarado. Quando o danado está sozinho se alia à palavra posterior e aumenta a força dela, no caso, a quantidade de vendas. Mas quando surge o pouco, o traidor pula para o outro lado e dá uma ajuda aumentando a força do pouco, que, para piorar, é o oposto de muito. (A questão semântica envolve advérbios, adjuntos... Na última vez que os citei, fui criticado, então, agora, optei por falar de jeito muito mais simples).
Muito é muito. Pouco é pouco. Muito pouco é menos ainda. Em que língua mesmo estou escrevendo? Estou muito confuso.
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