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SEM SONO

  • RafaelCiampi
  • 31 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Começo a remexer em meus escritos. Tanto no arquivo, onde tudo começa, como nos que já se encontram em fase de finalização em arquivos isolados, já com algum título. Costumo esbarrar em coisas interessantes.


5h12 – Começo a remexer em meus escritos. Tanto no arquivo, onde tudo começa, como nos que já se encontram em fase de finalização em arquivos isolados, já com algum título. Costumo esbarrar em coisas interessantes. Fiz uma atualização em um texto, pois acordei pensando nele. Ainda sem sono, estou aqui esperando o retorno dele. Aproveito para tornar útil este momento.

Vivemos num mundo em que a fila se torna uma constante, bancos, supermercados, repartições públicas, restaurantes. Lutamos diariamente, escolhendo o melhor horário, a fila menor, o local que tem menos fila, o que dá para resolver por telefone, ou internet e, agora, encontro-me aqui, na fila do sono.

Acho que com o envelhecimento, perdemos um pouco a necessidade, ou capacidade de dormir (se é que isso existe). Junto a isso, temos o ritmo extremamente acelerado da vida moderna, não só pelas obrigações profissionais e pessoais, mas também pelo uso das mídias sociais, que exigem uma hiperconectividade, um constante saber o que está acontecendo, que leva um simples micro despertar, a uma perda total de sono, simplesmente porque a cabeça começou a funcionar.

Lá fora um silêncio total. Morar “no mato”, oferece-me esse tipo de condição. Não tem o barulho da rua, mesmo numa madrugada, véspera de feriado. Se eu estivesse próximo à L2, ou ao eixinho, onde já morei, ouviria, mesmo que esporadicamente, o som do motor dos carros, o barulho dos pneus no asfalto, a freada, o barulho do cano de descarga de quem esquece que há quem durma, ou que esteja tentando dormir.

Lembrei-me de algo que li, que dizia que dormir é a única atividade que começamos a fazer fingindo que estamos fazendo. Várias pessoas não entendem esse conceito jocoso do iniciar a dormir, quando simplesmente nos deitamos da forma que achamos mais confortável, de olhos fechados, aguardando o sono fazer a sua parte. Nesse exato instante, estamos fingindo que estamos dormindo. Apesar de eu saber que se trata apenas de fase inicial do sono. Mas é mais divertido pensar assim.

Boa noite.

1 Comment


Rogério Rocha
Rogério Rocha
Aug 01, 2020

Muito bom. Parabéns!


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