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TEM NÃO

  • RafaelCiampi
  • 4 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

A maneira informal e corriqueira de dizermos que não temos alguma coisa, como um comerciante, ao anunciar a falta de algum produto, tem em sua estrutura um conceito como o de tirar o pirulito de uma criança.


A maneira informal e corriqueira de dizermos que não temos alguma coisa, como um comerciante, ao anunciar a falta de algum produto, tem em sua estrutura um conceito como o de tirar o pirulito de uma criança. Ao ser perguntado sobre determinado assunto a pessoa responde:

- Tem não. Como forma de eufemismo, alonga o nããããããão. Dando uma certa melodia ao trecho nasalizado.

Dividindo a ideia, temos:

- Tem ... que é a resposta que se quer, pois solucionará o problema, dita primeiro, mas imediatamente, vem a má notícia:

- ... não. A negativa. O fim de toda a negociação, a frustração de ter, mesmo que por uma fração de segundos, a alegria de encontrar o que se estava procurando. Só que não, como se diz, atualmente.

Se você estiver procurando um adaptador para ligar a geladeira, num domingo pela manhã, logo depois da mudança, porque você não se preveniu para o modelo novo de tomada, então a coisa fica bem triste. Ainda mais quando acabou de mudar para o subúrbio e não sabe onde tem nada e está com aquela preguiça lascada, das frias manhãs de domingo, no inverno candango, para sair para comprar pequenezas, percorrendo longas distâncias.

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