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  • RafaelCiampi

VÍCIO CELULAR

Estava pensando outro dia, o avanço da tecnologia, que elevou os telefones móveis à condição de dispositivos eletrônicos com uma ampla gama de funções, está trazendo vícios e uma menor preocupação com o que ocorre ao redor.


 

Estava pensando outro dia, o avanço da tecnologia, que elevou os telefones móveis à condição de dispositivos eletrônicos com uma ampla gama de funções, está trazendo vícios e uma menor preocupação com o que ocorre ao redor. Por exemplo: o sinal fecha, todo mundo aproveita os segundos para ler, ou enviar mensagem. Essa tarefa será interrompida com a buzina do carro de trás que se sente prejudicado, com o atraso da arrancada. Essa distração gera, além disso, os problemas constantemente divulgados pelos órgãos fiscalizadores. Mas o que realmente me chama à atenção é que com o passatempo divertidíssimo nas mãos, as pessoas pararam de se incomodar com as filas, que acabaram virando pontos de atualização virtual. E é bem provável que algumas filas estejam surgindo, pois, o atendente parou para dar aquela olhadinha no celular.

Nos bancos, já existem cadeiras confortáveis para passarmos meia hora ou mais aguardando os poucos caixas disponíveis terminarem de atender aquele monte de gente, só que a desculpa de “estar no banco” conforta o hiperconectado, que não se constrange em perder várias horas por conta desse vício que toma conta de todos nós e os bancos, a quem pagamos altas taxas, por serviços de todo o tipo, sentem-se na liberdade de reduzir o quadro de atendimento, pois ninguém mais questiona o tempo na fila, pois é momento em que estar conectado gera menos peso na consciência. Com isso, cada vez mais, os livros empilham-se empoeirados, nas prateleiras, os ricos vão se locupletando um pouquinho mais e nós seguindo a vida. Êeeee Ôooooo. Povo linkado, povo feliz!

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